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 Por

 CLAUDIA MELLO

 

• PEDAGOGA

 

RJ             @cauzinhaarts

EDUCAÇÃO PEDAGOGA

V Qual o real real papel da família no "universo" do brincar com seu filhos?

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Bem, as pessoas costumam dizer, que tenho um ímã, que diariamente atraí os pequenos ao meu convívio, por isso meu olhar está sempre "derretido", para estes olhares.

Quando pensei em tornar este amor, em minha profissão, tinha apenas 12 anos, e com esta total inocência, encarei livros e cadernos. Aos 14 para 15 anos me via com um canudo, que me trazia orgulho de mim mesma!

Estou nesta jornada há 41 anos, e aprendi, que o brincar é extremamente importante ao desenvolvimento de nossos pequenos, mas não um brincar, sem envolvimento da família e ou amores destes, mas um brincar, onde todos os elementos, que fazem parte deste CRESCER, compartilhem o prazer de escolher um rumo, um pulo, uma risada frouxa, o que lhes é comum, mas de forma a propiciar um olhar vivo e indagador deste mundo.

Vejo que a maioria das famílias, não entende o seu real papel dentro do universo do brincar infantil, pois creem que numa ida ao shopping, ou comprando os mais caros brinquedos o farão felizes e realizados, mas o brincar compreende tanto compromisso, que a leveza deste ato, se perde nos cifrões pagos nestas mercadorias.

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Observem um bebê, os simples movimentos de mãos e pés, o fazem rir e desfrutar de algo, que para nosso olhar adulto, é “bobeira” de neném, mas neste momento estão se conhecendo e dizendo ao mundo, que são capazes de SER.

Quem de nós, não fica feliz com a possibilidade de subir num balanço e senti o vento batendo em nosso corpo, ou o prazer de receber um abraço? Somos sensoriais, nascemos para sentir e explorar este campo!

Fechem os olhos, e se imaginem recebendo uma enorme caixa de presente, que mesmo fazendo um pequeno som, lhes traz um sorriso, mas ao abrir está vazia, contendo somente um coração de papel, mas se neste mesmo momento a gargalhada de uma criança, ecoa no quintal ou pátio ao lado, tenho certeza de que o sorriso retornará aos seus lábios! Assim se sentem nossos pequenos, quando chamam, para brincar aqueles que os circundam e que por inúmeras razões faz “ouvidos mocos” a este chamado pleno de necessidades afetivas e construtivas!

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Neste universo, tudo pode ser trabalhado, inclusive as mudanças comportamentais necessárias em nossa sociedade, tais como violência doméstica, exclusão, inclusão, preconceitos e tantos outros conceitos enraizados em nosso cotidiano, por isso peço, brinquem, eduquem, mas estabeleçam com os pequenos um laço, que mais ninguém poderá criar!

Precisamos de mais sorrisos frouxos, mãos que afagam, braços que ninam e aninham corpos e pensamentos!

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Recebi o pedido de criar esse texto, de uma grande amiga, que por muito tempo, foi testemunha do amor e seriedade, com que encaro o ato de educar.

Obrigada a todos, que de alguma forma contribuíram, para este meu texto e aqueles, que puderam me ensinar o que tenho em mim!