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Por

 Dra. ANA LUIZA FRANCO

 

•ADVOGADA

 

Especialista em Direitos da Mulher

 

OAB/RJ 186325     @analuufranco

 

DIREITOS DA MULHER ADVOGADA 

V Ele nunca me bateu!

Por muitos anos, sem conhecer o feminismo, a luta pela igualdade de gêneros e por pensar que sofrer violência era uma situação distante da minha realidade, me envolvi em uma relação abusiva e hoje posso dizer que sim, eu sofri violência. Mas ele nunca me bateu!

 

Ele nunca me bateu, mas me tratou como propriedade, restringiu minha rede de apoio e me afastou de familiares e amigos que poderiam me alertar sobre o que estava acontecendo.

            Me humilhou, me disse que eu estava gorda. Me fez odiar meu corpo e adorar a ideia de ter alguém tão bom ao meu lado.

Me traiu e me fez enxergar que a culpada era eu, afinal, eu mereci.

 Mudou meu jeito de dançar, mudou meu jeito de falar. Me disse que sou burra, insuficiente e que sem ele jamais seria feliz novamente. Mas, coitado, ele nunca me bateu.

Me pedia dinheiro, usava meu dinheiro, aproveitava de todas as mordomias que eu mesma oferecia, afinal, não podia perder a única pessoa que me amava.

E repito, ele nunca me bateu.

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Pois é, muitas de nós, ainda temos a ideia de que violência é apenas aquela que deixa marcas aparentes.

 

É uma ideia que precisa ser desconstruída e eu te digo o porquê.

Podemos sofrer cinco tipos de violência:

• A física, com os tapas, socos, empurrões.

 

• A sexual, que merece um texto longo, para explicar que tudo que não é consentido é crime. Inclusive dentro de uma relação, não há obrigação.

 

• A patrimonial, incluindo o sujeito que quebra seu celular em um ataque de ciúmes e o que rasga suas roupas.

 

• Além das violências psicológica e moral.

É moral quando depreciar sua imagem e sua honra e é psicológica quando causam danos emocionais, reduzem sua autoestima. São atitudes como ameaçar, humilhar, perseguir, chantagear, constranger, controlar e isolar.

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Se você passa por uma destas situações, converse com alguém.

Mulheres indescritivelmente especiais que conheci e compartilharam suas histórias comigo me achando a advogada mais centrada do mundo, me salvaram.

Essas mulheres, mesmo sem saber, me convenceram de que eu merecia mais. E a informação me ensinou de que, mesmo sem nunca me bater, ele me feriu e isso já era o suficiente para chegar ao fim.

 

@analuufranco

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